Numa destas manhãs, lá vamos nós todos contentes até à praia. Depois do cafézinho da praxe, toca a ir para o areal e montar o estaminé, que é como quem diz o pára vento. Como a maré estava vaza, é a altura ideal para fazer a caminhada do dia.
No regresso, quando olho para o nosso cantinho, reparei que uma família estava colada ao nosso pára-vento. Há que proteger do vento que já se começava a fazer sentir. Tudo bem. Aproveitaram também para pendurar a roupinha. Pois que, achei que até podia levar com as conversas deveras interessantes dos senhores e aprender novo palavreado, mas com o cheiro a naftalina e outras coisas mais das roupinhas já era demais.
Vai de perguntar se aquelas pecinhas catitas eram dos senhores. Se olhar matasse, eu tinha ficado ali estendida no areal. Eu é que sou uma cabra por não querer a roupinha dos senhores pendurada no meu pára-vento, claro está. Mas como não gosto de meios termos, decidi ser uma cabra do pior e ir embora, deixando esta família fofinha a comer areia.
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